domingo, 18 de fevereiro de 2018

Resenha: Cinco minutos - José de Alencar

   Boa noite, galera! O que estão lendo? Hoje trouxe uma resenha de um livro incrível de um dos meus escritores favoritos da vida! Como o próprio título apresenta, vamos conversar um pouco sobre o romance de estréia de Alencar, "Cinco minutos" (1856).
   Por ser sua primeira publicação literária, "cinco minutos" também pertence a fase do romance ingênuo de José de Alencar. Não temos grandes características sociais, personagens que carregam caracterizações ou possíveis críticas para o contexto (mesmo que o romantismo *em geral* não apresente muito disso), além disso temos finais felizes e muito amor. É um romance curto, que foi publicado em folhetins e que tem como sua principal função, entreter os leitores. Esse molde com esse objetivo deu super certo! 
   Lemos uma história do narrador para a sua prima "D.". Nesse romance, vamos acompanhar a história de amor do narrador, que não nos é apresentado seu nome, que está atrasado há 5 minutos para pegar seu ônibus, mas nesse apuro, acaba por perder sua condução. Perdeu seu transporte mas ganhou um amor, uma mulher misteriosa, que o narrador não consegue enxergar seu rosto entra em contato com ele, na minha visão, insinuando um possível afeto. 
   Nosso narrador fica apaixonado pela mulher que não conhece e não sabe se é velha, nova, bonita ou feia. Essa personagem sempre o amou em anonimato, perseguindo-o em vários eventos sociais daquele Rio de Janeiro do século XIX. O narrador, que nunca sentira o amor, encanta-se com a donzela e passa a persegui-la. 
   Como em todo romance romântico bom, temos um conflito na questão do amor proibido. Em determinado ponto, os dois se encontram e a senhora se mostra como uma linda jovem de 16 anos, porém ela lhe diz que esse amor não seria possível, eles não podiam se amar. 
   A partir daqui teremos spoiler!!! Estão avisados!
   Seguindo a prosa romântica, os apaixonados continuaram a se comunicar com cartas. A razão pela qual aquele amor seria proibido se dava ao fato da jovem ter uma doença terminal e, em razão disso, ela precisava viajar o mundo em busca de uma possível cura para a sua doença, que era um "grande átomo em seu seio". 
   O único pedido da donzela para o narrador era que ele não a esquecesse jamais, o que levou a travar vários desafios para acompanhar os passos da donzela. Ela pede para que escolha se quer ir ao seu encontro e convier com seus últimos dias de vida ou esquecê-la e não presenciar seu sofrimento. 
   Eis que o nosso narrador decide ir ao encontro do seu amor. A jovem consegue a cura e os dois se casam! O amor, nessa história foi a cura para a donzela, que descobrimos que se chama Carlota. Aceitar aquela situação e permitir que aquele amor desabroche, salvou a mulher e uniu os apaixonados. 
   Temos, então, uma linda história de amor bem típica da primeira fase do romantismo. 
   Cinco minutos foi o quarto livro de Alencar que li, os outros foram: "Iracema" , "A viuvinha" e "Senhora". Amo todos!
   Quero ler tudo o que esse moço escreveu! 

   E vocês já leram José de Alencar? Qual? Querem resenha de algum dos que eu li?
   Obs: Cinco minutos foi o sexto livro lido desse ano.

2 comentários:

  1. Apesar de ser um autor muito descritivo, o que geralmente não gosto, curto José de Alencar. Meu preferido dele é Senhora.
    Clássicos sempre serão bem vindos em minha estante.

    Rita Flôres

    paragostardeler1.blogspot.com.br
    paragostardelerbrasil.blogspot.com.br

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