domingo, 16 de dezembro de 2018

Resenha: Terras do sem-fim #lendojorgeamadoliterall

   Boa tarde, galera! Como estão? Hoje vamos conversar um pouquinho sobre o, talvez, meu livro predileto de Jorge Amado o Terras do sem-fim.
   Com muitos personages e uma narração extremamente dinâmica, acompanhamos mais um livro que um dos personagens principais é o cacau baiano. 
   No livro temos dois principais focos que vão promover diversos conflitos na trama, a família dos Badarós e a do coronel Horácio. Essas famílias, que são ricas e grandes propriedades de terras cacaueiras lutam, literalmente, por um resquício de uma mata nativa, a Cerqueiro Grande, para expandir suas terras com as plantações de cacau. 

   Como das últimas resenhas, não contarei os acontecimentos lineares, para não estragar a leitura de vocês, caso você tenha interesse de saber mais, além de ler o livro, entre em contato e participe do nosso grupo de leitura cronológica dos livros do Jorge!
   Voltando... atrelado a essa disputa pela terra, encontramos uma sociedade problemática que encara certas críticas promovidas por Jorge Amado. 
   Temos a questão migratória dos nordestinos mais pobres que buscam alguma melhoria de vida indo trabalhar nesses campos de fazendeiros ricos, encarando regimes de completa servidão; temos a situação da mulher que é construída como um mero objeto para os homens; temos o processo de ocupação desigual e conflituoso na terra; a política movida pela corrupção e interesses de oligarquias; a igreja como instituição sendo criticada e movida por interesses políticos; a prostituição e, por fim, a banalização da morte. 
   Como estudante de geografia, consegui identificar diversos aspectos na leitura que fazem todo o sentido com meus estudos, como a questão agrária, movida por conflitos no campo, e a regionalização do espaço brasileiro, sendo ele desigual, contraditória e conflituosa. Já fiquei com uma vontade tremenda de usar esse livro no meu trabalho de conclusão de curso, inclusive vou conversar com minha orientadora o quanto antes! <3
   Mas não é só de conflito que se constrói a trama do livro, por exemplo, meus personagens favoritos, Virgílio e Ester vivem uma história de amor proibido e perigosa, com um final trágico, Jorge Amado esboça as convencionalidades daquela sociedade que tinha como pano de fundo as décadas de 1910/20, onde a distribuição de terras no Brasil eram dadas a quem quisesse plantar. 
   Super recomendo esse livro, que embora seja de 1943, é atemporal, mostrando o contexto de um Brasil que cultiva a cultura do ódio. 
   É isso, então, galera! Quem ai leu essa preciosidade? O que acharam? Venham discutir conosco no projeto!! 




sábado, 17 de novembro de 2018

Resenha: O cavaleiro da Esperança- Jorge Amado #lendojorgeamadoliterall

   Boa noite, pessoal! Quanto tempo, não?!
   Desculpa o sumiço, mas meu tempo está muito corrido nesse semestre, trabalho, faculdade e projetos de escrita acabaram fazendo com que nos atrasássemos um pouco com a leitura cronológica, mas estamos firmes e fortes! Logo, vamos  apresentar mais uma resenha! Chegamos então, no oitavo livro de Jorge! O Cavaleiro da Esperança!

   Essa biografia ambientada nos árduos tempos de tensão mundial, na qual a Europa se via sob conflitos da segunda guerra mundial e regimes totalitários, e o Brasil vivia sob o Estado Novo de Getúlio Vargas, Jorge Amado escreve sua obra numa espécie de afrontamento a todo aquele contexto, além de ser um pedido pela anistia de Luis Carlos Prestes.
   Jorge amado, além de tecer um grande panorama sobre o contexto político e social do país na época, denunciando instituições e corrupções politicas e sociais, o escritor baiano recria com ricos detalhes a vida do militar prestes. 
   Como eu havia comentado com o pessoal do grupo do projeto ( se você ainda não está no grupo e quer participar conosco, deixe um comentário que te adiciono lá! ;),  hoje eu não farei uma resenha sobre os acontecimentos do livro, e sim colocarei alguns pontos que usei num projeto científico para a faculdade, na qual eu apresento "Geografia e Literatura: Em busca da identidade brasileira perdida" onde eu faço uma recapitulação da literatura sobre aspectos culturais, sociais e estereótipos brasileiros. Nada melhor do que usar Jorge Amado, né? 

A partir da “Teoria do Cavaleiro da Esperança” de Jorge Amado, julgado, sobretudo como uma questão, uma hipótese, o escritor baiano nos apresenta em sua obra de 1941, a seguinte problemática:  em  tempos  de  crises,  o  brasileiro  busca  e,  se  faz  necessário  essa  busca,  de aspectos de nossa cultura e, ainda mais, representantes e heróis nacionais para extinguir as crises culturais, sociais, políticas e econômicas que o país vive.
   Na dada época que o livro fora publicado, o Brasil se via sob o forte regime do Estado Novo de Getúlio Vargas, que trabalhava com a censura e a opressão contra aqueles que se recusavam a se sujeitar a um governo repressor e com tendências fascistas. Jorge Amado, então, discorreu em seu livro a biografia de Luís Carlos Prestes, símbolo de resistência e luta do povo brasileiro. 
A busca de características que refletem a identidade brasileira é uma consequência para enfrentar as crises políticas, sociais, culturais e econômicas que o Brasil vem enfrentando. As tensões que moveram instabilidades políticas brasileiras nos últimos anos contribuíram, e muito, para um descontentamento da população e, com isso, o sentimento de insatisfação e a perda do orgulho de ser brasileiro.
Na obra, acompanhamos uma biografia, de um modo não convencional, de Luís Carlos Prestes, símbolo de luta e resistência contra o governo autoritário de Getúlio Vargas na época. O próprio Jorge Amado admite que seu trabalho trata-se de um livro político, com intenções claras: além de buscar a anistia de Prestes, temos uma obra que incita os brasileiros a salvarem o  Brasil  da  grande  crise  política  e  cultural  que  vivia,  buscando,  assim,  suas  características
nacionais.
“Na luta pela anistia, pela democracia e contra o Estado Novo, mas principalmente contra o fascismo, este livro foi uma arma. [...] Este é um livro político, escrito para a campanha de anistia, para a liberdade de Prestes.” 
Jorge, assim como grande parte dos escritores regionalistas e da década de 30 tinham um caráter de crítica ao governo opressor em seus romances, sendo eles reprimidos, censurados e, no caso do escritor baiano, exilados.
O Cavaleiro da esperança foi um dos livros do escritor que foram queimados em praça pública,  com  a  justificativa  de  que  tratavam-se  de  livros  comunistas  e  contra o  governo  de
Vargas.

Logo no seu prefácio para a edição brasileira publicada em 1942, Amado propõe uma ideia para que o Brasil tomasse as rédeas.
“O governo que nascer das eleições deve ser, para poder cumprir a sua missão histórica de dirigente da sexta potência mundial, necessariamente de unidade nacional, sem o que só nos restaria a desgraça de guerra civil.”
Mas os movimentos de resistência brasileira na época eram censurados e silenciados, existiam sim grupos opressores todos àquela situação, buscando saídas. Jorge Amado, acredita que as ferramentas para combater de forma eficaz a questão seria buscar através da arte e cultura.
“A verdadeira inteligência brasileira resistia, no entanto, por vezes apenas com o silêncio, mas resistia. [...] Em compensação abre-se uma radiosa perspectiva para a literatura e a arte brasileira com a volta da liberdade, com a liquidação do nazifascismo, com a possibilidade de discutir os problemas brasileiros, de criar sobre a realidade do povo. ”

Diante  de  uma  crise,  como  vivemos  hoje  e  a  vivida  por  Jorge  Amado,  guardada  as proporções, contam com uma necessidade de resgatar nossas características enquanto povos unificados para sair dos conflitos. São as características, sentimentos, patriotismo e os interesses em comum que fazem surgir os “heróis” nacionais. O caos da espaço para possíveis milagres.
“Um dia o povo negro do Brasil, escravo e desgraçado, fez o milagre de poesia que foi o poeta Castro Alves. Um povo que não podia falar precisando de uma voz que clamasse. Fez o milagre da mais bela das vozes.”

Surgindo assim o herói nacional, com suas representações e individualidade
“Herói, que coisa tão simples, tão grande e tão difícil! Que palavra mais linda! Só o povo, [...], concebe, alimenta e cria o Herói. Nasce das suas entranhas que são as suas necessidades. Nasce do povo, é o próprio povo máximo das suas qualidades. Como o Poeta, vai na frente do povo. O Poeta e o herói constroem os povos, dão-lhe personalidade, dignidade e vida. São momentos supremos na vida de uma nação e na vida de um povo. Tão necessários como o ar que se respira, a comida que se come, a mulher que se ama. [...] o povo nunca se engana. Ele sabe como é a voz dos seus poetas, porque é a sua própria voz. Ele reconhece a figura dos seus heróis porque é a própria figura. [...] . Seu coração e seu pensamento estão com seu Poeta e o seu Herói, sua voz e seu braço.”

  Assim, atrelo aspectos sociais, culturais, geográficos e políticos na construção de minha pesquisa. A literatura é a representação de um povo e assim, seus heróis presentes. Essa pesquisa tem como interesse buscar através da literatura as personagens mais marcantes do nosso literato e as suas representações para sairmos das crises que temos vivido
***

É isso então, pessoal! Eu gostei bastante do livro e recomendo a todos que gostam de uma boa biografia, sobretudo de daquelas com toques especiais, como Jorge já nos provou em "ABC de Castro Alves" e agora com "O Cavaleiro da Esperança"! 
E vocês, o que acharam desse livro?

Ps.: Desculpa os diversos tipos de formatação e, em especial, o formato de citação equivocado, o motivo para essa estabanação é a própria plataforma da blogspot que não oferece boas ferramentas para tal ato.


domingo, 16 de setembro de 2018

Resenha: ABC de Castro Alves #lendojorgeamadoliterall

   Bom dia, pessoal! Como estão? Seguindo com o projeto, hoje vamos ter uma breve conversa sobre o sétimo livro de Jorge Amado, o exemplar "ABC de Castro Alves".
   Partindo da ideia que vimos em jubiabá com os "ABC's" que representavam biografias de pessoas notáveis, Jorge Amado fez um trabalho um tanto quanto especial nessa obra, contando, assim, a história de um nos nossos mais importantes poetas brasileiros, o romântico Castro Alves. 
   Diferente das outras resenhas na qual eu destaco a evolução da narrativa, nesse caso eu prefiro apenas apresentar um panorama, pois a própria iniciativa de Jorge é fazer com que os leitores se afeiçoem a cada passo da vida do poeta e, por isso, não seria bacana eu contar exatamente tudo sobre o que se passa. Mas vamos lá!
   Com passagens em poemas do próprio poeta, o escritor baiano conseguiu reunir uma série de acontecimentos que marcaram a trajetória de Castro Alves.
   O livro começa com uma aventura amorosa de uma tia de Castro, que resulta em desastres e, assim, finda uma “guerra” entre duas famílias. Encontramos os primeiros anos de educação do poeta em Salvador e sua iniciação na poesia de forma calma e tímida.
Castro Alves ruma a Recife, onde consegue conquistar sucesso, já aos 21 anos, e nesse ambiente, se apaixona por uma atriz portuguesa e, com ela, vive o seu grande drama no amor.
Seu prestígio foi crescendo que Castro Alves realizou viagens nas quais pode entrar em contato com José de Alencar e Machado de Assis, e ganhar respeito dos mesmos, considerando-o um dos maiores poetas nacionais.
Castro Alves, ainda na faixa dos seus vinte anos passa por mais aventuras amorosas e radicais e, com apenas 24 anos, morre junto a sua família devido a uma tuberculose.
Além de ter um grande respeito e ser influenciado por Castro Alves, podemos entrar em uma questão: Por que Jorge Amado decidiu escolher esse poeta para escrever uma biografia? 

   No meu entender, temos dois principais fatores: o primeiro seria essa grande influência e questões relevantes que Castro Alves trouxe para a nossa literatura brasileira. Veja bem, como um poeta da terceira geração romântica, Castro Alves expunha em suas obras uma forte crítica à época, sobretudo a questão escravista que era palco de debates e críticas pelos intelectuais. Podemos ver que esse ensejo de poder utilizar sua literatura como forma de crítica é uma marca, também, presente nas características de Jorge Amado.
   Outro Aspecto interessante é o fato de que, assim como Jorge, Castro Alves é um baiano que de alguma forma representa aspectos da cultura de seu povo em seus escritos, como Amado.
   É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! O que acharam de “ABC de castro Alves?
   Deixo um link de recomendação de uma matéria da Cia das letras sobre o livro e um panorama histórico, para completar a leitura. =)  Matéria da Cia das Letras

"[...] Castro Alves nasceu cercado de idílio e de luta, mas não de um idílio citadino e calmo e sim de um romance que foi como uma epopeia, um romance vivido por homens fortes e por uma mulher mais forte ainda." (AMADO, 1941, p.30)

sábado, 11 de agosto de 2018

Resenha "Capitães da Areia" de Jorge Amado #lendojorgeamadoliterall

  Boa noite, pessoal! Hoje vamos conversar sobre uma das maiores obras de Jorge Amado, o romance social "Capitães da Areia".
  Com uma idealização dos garotos que moravam nas ruas, ou melhor, no trapiche, são os poetas daquela Bahia, além de serem os protagonistas dessa narração do sexto livro publicado por Jorge. 



  A oralidade marcante nesse livro, fazem com que essa obra seja uma grande referência do modernismo brasileiro. 
  A marginalidade social presente na obra de certa forma ganha uma consciência política, transformando seus personagens em agentes representantes políticos, o socialismo no caso. 
  Capitães da Areia também conta com uma propaganda política do socialismo, sendo então, queimado pelo Estado Novo de Vargas em praça pública.
  Dividido em onze capítulos, encontramos uma série de desventuras desses garotos marginalizados nas ruas de Salvador, o que nos faz conhecer diversos personagens marcantes (e peculiares). 
  Temos uma ideologia do sincretismo religioso na obra, como uma forma de militância política na literatura de Jorge, com a presença de deuses, candomblé e outras referências religiosas. 
  A história começa com uma descrição do trapiche, onde mais de 100 garotos vivem nessa habitação. Logo de começo somos apresentados a Pedro Bala, o "líder" desse grupo de garotos. 
  Todos os órgãos possíveis daquela sociedade contribuem para a marginalização dos meninos, seja a mídia (como  vemos nas reportagens presentes do livro), Órgãos políticos e outros. Os únicos auxílios com que os meninos podem contar são do padre José Pedro, um padre diferente do padrão do clero, pois exercia um exímio contribuição social com os meninos (e por isso o chamavam de comunista), e a dona aninha, mãe de santo. 
  Vamos conhecer alguns personagens: Pedro Bala, embora tenha muitas ações bandidas, notamos alguns sensos de justiça em seus pensamentos, atos; O Professor, é o garoto intelectual do grupo, ele era um dos únicos que sabiam ler e, por isso conta história para os garotos. João Grande é o esteriótipo do garoto burro mas de coração bom. Sem pernas, um dos meus personagens favoritos, é um personagem coxo e sua função no grupo era se dar de coitado e conseguir ser adotado por famílias ricas, uma vez conseguindo, Sem-pernas mapeava a casa e passava as informações para os capitães para furtarem aquela casa; O Gato, um menino de 13 anos que era apaixonado por uma prostituta, um estereótipo de malandro. 
  Mais pra frente da história, conhecemos Dora, a única menina do grupo que sofre por ser órfã e diferente, uma vez que era mulher. 
  Com cenas de estupro, miséria, roubo, injustiças, amor, amizade, lealdade e muitas tretas, acompanhamos as aventuras desse pessoal.
Não darei spoiler aqui, apenas na debate do nosso grupo do "Whats" do projeto da leitura (Quer participar, entre em contato comigo!), mas deixarei a cena que mais gosto. 
Em um dado momento, Sem pernas consegue ser "adotado" por mais uma família e, nesta ocasião, a família que o acolheu o tratou com tanto amor, carinho e maternidade que Sem pernas entrou em um tremendo conflito: não queria trair a família para que os capitães furtassem a casa de seus novos "pais", porém, com muita dor no coração, Sem Pernas decide ser leal ao grupo. 
  Depois de uma morte (muito triste) de um personagem, o grupo meio que sofre o baque, levando cada um dos garotos seguirem seus trilhos.
  Enfim galera, hoje resolvi trazer apenas algumas considerações sobre esse livro supimpa! SEM DÚVIDAS é meu livro predileto do autor, e um dos favoritos da literatura brasileira! 
E você, o que achou dessa leitura? Vou adorar saber. 





sábado, 4 de agosto de 2018

Resenha Mar Morto - Jorge Amado #lendojorgeamadoliterall

Boa noite, galera! Como estão? Trago hoje minha resenha do quinto livro publicado de Jorge Amado: Mar Morto.
Mar morto foi escrito quando o escritor baiano tinha apenas 24 aninhos e, embora Amado estivesse no seu auge dos movimentos políticos do seu partido comunista, na qual fazia parte, Mar Morto foge um pouco dessa temática e o livro não serviu como uma propaganda política. 

Bem o livro trata-se do cotidiano e a vida dos moradores do cais de Salvador e de suas proximidades. 
Como personagens principais, encontramos Guma e lívia que vivem uma bela história de amor. Basicamente vamos acompanhar alguns personagens que vivem no dilema do mar x terra. Mar esse que é a grande fonte de renda para seus pescadores, como o caso de Guma. 
Um povo que segue sua cultura com devoção, os moradores daquele Salvador são devotas da Deusa do mar Iemanjá, que em algumas noites escolhe alguns marinheiros para morar com ela nas profundezas do mar, (e assim morrer, essa é a temática do livro).

Com uma situação difícil de vida, o que Jorge sempre explora muito em seus livros, acompanhamos a vida dos marinheiros que aproveitam sempre todos os momentos de seus dias, até a sua chegada do alto mar para, assim, voltar para suas mulheres amadas  e suas famílias. 
Essa estória de amor conta, também, com personagens memoráveis (e mulheres !), como Rosa Palmeirão, Esmeralda, Maria clara e outros personagens. 
Recomendo bastante essa leitura e, em especial, um artigo da escritora Ana Maria Machado "A invenção da Bahia", na qual ela traz muitas curiosidades sobre a obra e sua trama. 
Esse livro de jorge conseguiu tanto sucesso que acabou ganhando uma novela na globo, indo ao ar em 2001 como "Porto dos milagres". 

É isso então pessoal! o que vocês acharam da leitura? Quero muito saber como foi a experiência de vocês!! 
PS: amanhã tem a resenha de Capitães da Areia, um dos meus livros favoritos da vida!! 
PS2: leiam a resenha da nossa parceira do blog Ta Lendo?: http://blogtalendo.blogspot.com/2018/07/resenha-mar-morto.html





sexta-feira, 3 de agosto de 2018

VMA 2018 - Minhas apostas

Bom dia, pessoal! Como estão? 
Hoje trago um post um pouco diferente da temática literária do blog, resolvi trazer minhas apostas para o VMA desse ano, que acontecerá no dia 20 de Agosto. 
Para quem não conhece, o VMA é o Video Music Awards promovido pela MTV. Essa premiação ocorre uma vez por ano e gratifica os melhores cantores / melhores musicas / melhores clips do ano. É sensacional! Além de ter várias performances incríveis! 
Afinal, quem não se lembra do We can't stop da Miley Cyrus em 2013, ou anaconda da Nick Minaj em 2014? 
Enfim, mostrarei os indicados de cada categoria e deixarei minha aposta (que é mais a minha torcida rsrs). Bora lá!
Ps.: Deixarei o link dos clips de todos os que eu citar, assim vocês podem conferir minhas escolhas também! 




CLIPE DO ANO

Ariana Grande – "No Tears Left to Cry"
Bruno Mars ft. Cardi B – "Finesse (Remix)"
Camila Cabello ft. Young Thug – "Havana"
The Carters – "APES**T"
Childish Gambino – "This Is America"
Drake – "God's Plan"
Temos boas indicações ao clip do ano nessa edição do VMA, mas em minha opinião, o melhor clip é, sem dúvidas, "No Tears Left to Cry" de Ariana Grande. Com uma grande qualidade gráfica e um cenário de tirar o fôlego (e dar tontura), Ariana volta a lançar um novo Hit depois de seu ano passado conturbado, com crises como o ataque a Manchester e tudo mais. No clip, temos uma Ariana em um mundo de cabeça para baixo, onde demonstra que está em um novo estado de espírito e sem lágrimas para chorar! Um  bom pontapé para o lançamento de seu novo álbum

ARTISTA DO ANO
Ariana Grande 
Bruno Mars 
Camila Cabello 
Cardi B
Drake
Post Malone
Acredito que Camila Cabello leva essa devido à sua grande ascenção ao mundo da música após deixar o grupo Fifith Harmony. O sucesso foi tão grande ao ponto de suas músicas ficarem enjoativas de tanto que ouvimos, quem não aguenta mais "Havana"? Não é mesmo?!


MÚSICA DO ANO
Bruno Mars ft. Cardi B – "Finesse (Remix)"
Camila Cabello ft. Young Thug – "Havana"
Drake – "God's Plan"
Dua Lipa – "New Rules"
Ed Sheeran – "Perfect"
Post Malone ft. 21 Savage – "rockstar"
Nessa categoria temos uma briga acirrada entre Havana, New Rules e Perfect, mas acho que quem leva essa é, de novo, Camila Cabello. 


ARTISTA REVELAÇÃO 
Bazzi
Cardi B
Chloe x Halle
Hayley Kiyoko 
Lil Pump
Lil Uzi Vert
Cardi B veio para ficar, com vários hits com uma pegada do reggeton, a estadunidense conseguiu várias indicações na edição do VMA desse ano. 

MELHOR COLABORAÇÃO
Bebe Rexha ft. Florida Georgia Line – "Meant to Be"
Bruno Mars ft. Cardi B – "Finesse (Remix)"
The Carters – "APES**T"
Jennifer Lopez ft. DJ Khaled & Cardi B – "Dinero"
Logic ft. Alessia Cara & Khalid – "1-800-273-8255"
N.E.R.D & Rihanna – "Lemon"
Que música gostosa é essa da Bebe Rexha ft. Florida Georgia Line – "Meant to Be", aliás, Bebe Rexa está para lançar um novo albúm, 'Expectations' , que tem muita coisa boa! Vamos ficar de olho. 


ARTISTA PUSH DO ANO
JULY 2018 – Chloe x Halle
JUNE 2018 – Sigrid
MAY 2018 – Lil Xan
APRIL 2018 – Hayley Kiyoko 
MARCH 2018 – Jessie Reyez
FEBRUARY 2018 – Tee Grizzley
JANUARY 2018 – Bishop Briggs
DECEMBER 2017 – Grace VanderWaal 
NOVEMBER 2017 – Why Don't We
OCTOBER 2017 – PRETTYMUCH
SEPTEMBER 2017 – SZA
AUGUST 2017 – Kacy Hill
JULY 2017 – Khalid
JUNE 2017 – Kyle
MAY 2017 – Noah Cyrus 
Escolhi Khalid por não ter muita noção / conhecimento dos outros candidatos. 

MELHOR CLIPE POP
Ariana Grande – "No Tears Left to Cry"
Camila Cabello ft. Young Thug – "Havana"
Demi Lovato – "Sorry Not Sorry"
Ed Sheeran – "Perfect"
P!nk – "What About Us"
Shawn Mendes – "In My Blood"
No Tears Left to Cry, porque é uma bela produção e a música é arrepiante.

MELHOR CLIPE DE HIP HOP
Cardi B ft. 21 Savage – "Bartier Cardi"
The Carters – "APES**T"
Drake – "God's Plan"
J. Cole – "ATM"
Migos ft. Drake – "Walk It Talk It"
Nicki Minaj – "Chun-Li"
Minha escolha é Nicki Minaj – "Chun-Li", porque é uma música engraçada e nick precisa levar esse troféu. 

MELHOR CLIPE LATINO
Daddy Yankee – "Dura"
J Balvin, Willy William – "Mi Gente"
Jennifer Lopez ft. DJ Khaled & Cardi B – "Dinero"
Luis Fonsi, Demi Lovato – "Échame La Culpa"
Maluma – "Felices los 4"
Shakira ft. Maluma – "Chantaje"

Aqui temos boas opções também, confesso que Anitta poderia ter entrado na lista dos indicados, mas os que temos aqui também são maravilhosos. Fico com Maluma – "Felices los 4", embora o clip não seja la essas coisas, a música é bem legal. 
MELHOR CLIPE DE MÚSICA ELETRÔNICA
Avicii ft. Rita Ora – "Lonely Together"
Calvin Harris & Dua Lipa – "One Kiss"
The Chainsmokers – "Everybody Hates Me"
David Guetta & Sia – "Flames"
Marshmello ft. Khalid – "Silence"
Zedd & Liam Payne – "Get Low (Street Video)"
Acredito que Avicii ft. Rita Ora – "Lonely Together" levem essa, em memória do Avicci, (além da música ser boa e o clip também), gosto bastantes de clipes que tem um enredo, uma "histórinha". Mas minha torcida vai para : Calvin Harris & Dua Lipa – "One Kiss", porque Dua Lipa fez um ano ótimo lançando várias músicas chicletes e que alcançaram bons números e Calvin Harris sempre manja muito nas batidas. 
One Kiss ficou muito bem produzido, com uma temática meio retrô que é a cara de Dua Lipa.


MELHOR CLIPE DE ROCK
Fall Out Boy – "Champion"
Foo Fighters – "The Sky Is A Neighborhood"
Imagine Dragons – "Whatever It Takes"
Linkin Park – "One More Light"
Panic! At The Disco – "Say Amen (Saturday Night)"
Thirty Seconds to Mars – "Walk On Water"

Imagine Dragons – "Whatever It Takes" é a melhor. Imagine Dragons sempre mandam muito bem nas músicas e letras. 

MELHOR LUTA CONTRA O SISTEMA 
Childish Gambino – "This Is America"
Dej Loaf and Leon Bridges – "Liberated"
Drake – 'God's Plan"
Janelle Monáe – "PYNK"
Jessie Reyez – "Gatekeeper"
Logic ft. Alessia Cara & Khalid – "1-800-273-8255"

Quando fui para Malta em Abril desse ano, essa música tocava em, completamente, TODOS os lugares, mas não me incomodava, porque ela é viciante. O clip é lindo e já começa com Drake no clip escrevendo "O orçamento desse vídeo foi de U$996.631,90 dólares. Nós demos tudo. Não contem para a gravadora". Temos no clip o cantor ajudando pessoas carentes, comprando brinquedos para crianças e dando dinheiro para os menos privilegiados nas ruas. 
MELHOR FOTOGRAFIA
Alessia Cara – "Growing Pains"
Ariana Grande – "No Tears Left to Cry"
The Carters – "APES**T"
Childish Gambino – "This Is America"
Eminem ft. Ed Sheeran – "River"
Shawn Mendes – "In My Blood"
De novo, assistam No Tears Left to Cry 

MELHOR DIREÇÃO
The Carters – "APES**T"
Childish Gambino – "This Is America"
Drake – "God's Plan"
Ed Sheeran – "Perfect"
Justin Timberlake ft. Chris Stapleton – "Say Something"
Shawn Mendes – "In My Blood"

Fico, novamente, com God's Plan de Drake. A edição ficou supimpa e emocionante. 


 Melhor direção de arte 


The Carters – "APES**T"
Childish Gambino – "This Is America"
J. Cole – "ATM"
Janelle Monáe – "Make Me Feel"
SZA – "The Weekend"
Taylor Swift – "Look What You Made Me Do"

Depois de um tempinho "desaparecida", Taylor Swift volta a lançar uma música e veio em grande estilo, com sátiras e imposições. Temos, também, uma Taylor multifacetada. 

MELHOR EFEITO VISUAL
Ariana Grande – "No Tears Left to Cry"
Avicii ft. Rita Ora – "Lonely Together"
Eminem ft. Beyoncé – "Walk On Water"
Kendrick Lamar & SZA – "All The Stars"
Maroon 5 – "Wait"
Taylor Swift – "Look What You Made Me Do"

O que vocês acham? Quem chutou "No Tears Left to Cry", acertou. 

MELHOR COREOGRAFIA
Bruno Mars ft. Cardi B – "Finesse (Remix)"
Camila Cabello ft. Young Thug – "Havana"
The Carters – "APES**T"
Childish Gambino – "This Is America"
Dua Lipa – "IDGAF"
Justin Timberlake – "Filthy" 
A nova música da Beyonce vai levar, segura essa. (Nessa categoria prefiro Dua Lipa – "IDGAF", mas sei lá, vamos ver). 


MELHOR EDIÇÃO
Bruno Mars ft. Cardi B – "Finesse (Remix)"
The Carters – "APES**T"
Childish Gambino – "This Is America"
Janelle Monáe – "Make Me Feel"
N.E.R.D & Rihanna – "Lemon"
Taylor Swift – "Look What You Made Me Do"

Nessa última categoria, a coloco meu voto de confiança na Taylor, de novo. Ela é famosa por ganhar muitos troféus nas edições do VMA, talvez ela ganhe esses dois que acabei chutando. 


*** 
É isso então, pessoal! Quais são suas apostas? 




segunda-feira, 9 de julho de 2018

Resenha "Jubiabá" #lendojorgeamadoliterall

Boa tarde, pessoal! Como estão ? 

Vamos falar um pouco sobre Jubiabá? 
Nesse quarto livro publicado por Jorge Amado, em 1934, encontramos um romance de formação e ainda uma espécie de teste para o escritor baiano. 

Embora o título seja "Jubiabá" que é um dos personagem do livro, vamos acompanhar o desenvolvimento e as tramas da vida de Antônio Balduíno, um negro carismático que em cada fase da sua vida, se encontrará em algumas aventuras divertidas. 
Sem a presença dos pais, o garoto é criado pela tia que, já velha, endoidece e acaba falecendo, nem a ajuda do incrível macumbeiro Jubiabá a consegue salvar. 
O garoto então é submetido aos cuidados de um comendador rico, que o cria com muitos cuidados e dedicação. Na casa desse comendador, Balduíno conhece a meiga Lindinalva, por quem se apaixona rapidamente e mantém um extremo respeito, um amor platônico.
Embora estivesse vivendo em boas condições, Amélia, a criada do comendador, era uma branca de origem italiana , odiava negros, tornou a vida do pequeno em um pavor. Tamanho foi essa paúra que induziu Balduíno a fugir da casa do comendador e fosse viver sua vida na rua. 
Já sem teto, Balduíno tenta a vida na "mendigagem", onde encontra vários garotos, cada um mais peculiar que o outro para lutarem pela vida. 
Acredito que Jorge Amado gostou tanto de descrever a vida daqueles garotos de rua com suas particularidades que acabou, dois livros posteriores a esse, a escrever Capitães da Areia, o livro dedicado especialmente aos garotos de rua, mas vamos deixar essa questão mais para frente, quando formos discutir esse livro impecável! 
Baldo torna-se lutador de boxe, trabalha em um circo , canta sambas e ABCs, trabalhador e tudo mais. Ama diversas mulheres, tem seus encontros e desencontros. 
Uma perda notável faz com que ele entre em uma leve depressão, não vê mais sentido na vida, apenas uma causa o faz reviver, o desejo de se juntar aos trabalhadores numa greve, greve essa que buscava melhores salários e melhores condições de trabalhos, uma vez que os trabalhadores se viam em condições próximas da escravidão. 
Indico demais esse livro, não contarei mais das aventuras de Baldo para não oferecer spoilers para vocês. Porém alguns pontos acho interessante ressaltar:
* embora Antônio Balduíno fosse um personagem interessante e divertido, o machismo presente em suas atitudes são marcantes, não só nele, mas em todos homens naquela sociedade baiana. 
* A presença de várias citações de personagens marcantes da história brasileira, como: Lampião; Zumbi dos Palmares; Antônio Conselheiro, entre outros. 
* A questão do ABC, que seria uma espécie de biografia de pessoas com histórias importantes é muito bem ressaltado, em todos os momentos, Balduíno deseja ser uma pessoa famosa para ter seu próprio e notável ABC.
* Esse planto do ABC encontraremos no ABC de Castro Alves, onde Jorge Amado fará uma biografia do poeta da terceira geração romântica. 
* Modo Jorge Amado de escrever: parágrafos extremamente longos e carregados de informações.

Embora eu encontrei diversos infortúnios para ler esse livro( edição ruim, provas, trabalhos e eventos ), eu curti a leitura. 
Para finalizar, temos um breve trecho sensacional do ABC de Antônio Balduíno: 

"Este é o ABC de Antônio Balduíno 
Negro valente e brigão 
Desordeiro sem pureza 
mas bom de coração. 
Conquistador de natureza 
furtou mulata bonita
Brigou com muito patrão 
morreu de morte matada
mas ferido a traição. "
(AMADO, Jorge, 1934, p.249. )


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Fotos do livro jubiabá pelos participantes do projeto:




O que acharam dessa experiência? vou adorar saber suas impressões por esse livro divertido que é Jubiabá!

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