sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Concluindo o 3º Semestre - Geografia USP

   O ano acabou e o quarto semestre também! Mas eu ainda não postei minhas considerações sobre o terceiro semestre na faculdade. (rsrs desespero)
   Meu terceiro semestre foi o mais complicado da graduação, eu o odiei com força! A vontade de trocar de curso era uma rotina, eu entrava nas aulas, no prédio com um ódio e um sentimento de deslocamento intenso! 
   No meio do semestre fiz um intercâmbio para Malta, o que fez eu perder um mês de aulas na faculdade, mas foi ótimo para poder sentir novos ares e esquecer o tormento daquelas matérias insuportáveis. A única coisa que me arrependo do intercâmbio é de ter sido só um mês haha.
   Enfim, embora eu tenha odiado com força esse semestre, os professores que eu conheci foram incríveis. Esse post não será de todo ruim porque, o próximo semestre está chegando, e assim, novos alunos podem ler minhas considerações sobre as disciplinas, o que ajuda os estudantes dos outros anos a escolherem ou não essas matérias para cursar. Então vamos lá!
   Comecei cursando apenas as cinco matérias obrigatórias do meu semestre ideal, mas acabei trancando uma "Climatologia I", pois achei a matéria bem chata e pesada, com muitos exercícios que eram obrigatórios. 
   Falarei um pouquinho das quatro matérias que eu realmente conclui no meu terceiro semestre: 

  1. Geografia Agrária: Sem dúvidas, essa disciplina foi a minha favorita. Além de gostar demais do professor, pois ele era divertido e muito inteligente (o mesmo de geografia social), pude me dedicar aos estudos que envolvem a geografia e literatura novamente (sabem que amo, né?!). Aprendemos questões sobre o espaço agrário brasileiro, as formas de trabalho e produção no campo. Fizemos uma viagem de campo para Mogi das Cruzes bem bacaninha. Por fim, escrevi um ensaio sobre as lutas no campo no livro "Os Sertões" de Euclides da Cunha. 
  2. Cartografia Temática: foi uma disciplina bem produtiva, relembramos e aplicamos conceitos que auxiliam na criação de mapas temáticos. Era lindo de se ver, fora que a professora era sensacional e muito simpática.
  3. Geomorfologia I: O terror do meu semestre foi essa matéria! Mais uma vez a geografia física sendo meu pesadelo. Embora a professora fosse muito divertida, engraçada e inteligente, eu não gostava da matéria e do objeto de estudo em si. Para colocar a cereja no bolo, fizemos um trabalho de campo que, misericórdia, não gostei de jeito maneira! Acho que não é muito a minha praia ficar me sujando e subindo morros. (kkkkk)
  4. Regionalização do Espaço Mundial: Outro caso de uma professora fofa, mas a disciplina uma decepção. Eu entrei nessa matéria esperando um bolo de maracujá, mas ganhei um bolo de prestígio (odeio coco). 

   ***
Essas foram minhas opiniões sobre o meu terceiro semestre na faculdade (1º semestre de 2018). Espero conseguir publicar minhas impressões sobre o 4º semestre o quanto antes! (Já adianto que foi o meu predileto em todo o curso!).

   

domingo, 6 de janeiro de 2019

Resenha: São Jorge dos Ilhéus - Jorge Amado

Bom dia, galera! Primeiramente, desejo a todos um feliz 2019, que esse ano seja próspero e com ótimas leituras! 
Hoje vamos conversar um pouco sobre o último livro do projeto #lendojorgeamadoliteral do ano! São Jorge dos Ilhéus. 
São Jorge dos Ilhéus é uma espécie de continuação de Terras do sem-fim (livro já resenhado, clique aqui para ver), no primeiro livro temos uma sociedade mais "primitiva", que batalhava com sangue suas conquistas pela terra, Já em São Jorge, temos uma consolidação da conquista pela terra.

O cacau era uma grande fonte de riqueza para a economia local e nacional, logo, um cacau era visto como ouro, proporcionando o surgimento de cidades e vilas graças a esse cultivo provindo de extensas lutas pela terra.
Como uma literatura de cunho social, Jorge irá nos apresentar o lado dos trabalhadores, ainda sendo tratados e contratados em regimes de semi-servidão, com passagens dos fazendeiros e coronéis aludindo ao racismo e a escravidão. 
O luxo provindo da alta do cacau permite uma nova forma de convivência em comunidade. 
Essa sociedade em Ilhéus fora modificada completamente, o que antes era um ambiente completamente rural, abriu espaço para a importância urbana, com a presença de exportadores, comerciantes e políticos e imigrantes de todo o mundo.

Mas como nem tudo são prazeres, a baixa vem, trazendo com sigo uma desgraceira só. De milionários foram para marginalizados, mendigos. Não tem mais trabalho e a cidade decaíra num fundo sem fim. As mulheres, viram na prostituição, alguma forma de sustento.
Com essa crise econômica e política assombrando a região, o foco mudara novamente, caindo na terra como no livro anterior. Voltamos a ter morte, caxixes e traições (não é mesmo Horácio?).
Mas nem só de luta, altas e crises estão presentes no livro, também temos histórias de amor: triângulos amorosos, decadências (como os argentinos Pepe e Lola) e outros.
Enfim, temos nesse livro uma certa modernidade provocada pela alta do cacau, que permitiu o avanço de certas tecnologias, indústrias, meios de comunicação e transporte, mas como nem tudo são flores, Jorge Amado nos mostra que essa economia imperialista que o Brasil vivia, com fortes influencia dos Estados Unidos, estava sendo movida ao fracasso.

Recomendo demais a leitura! 
Venham Participar do projeto conosco em 2019! Vejam nosso cronograma desse ano: