Boa tarde, queridos leitores! Como estão?
Hoje vamos conversar um pouquinho sobre a gostosa leitura de "A morte e a morte de Quincas Berro D'água".
Lançada as pressas em 1961, a pedido de um amigo, acompanhamos uma novela divertida na qual a morte de Joaquim (Quincas) leva um tom irônico ao livro.
Sem deixar suas convicções e crítica em sua escrita, a grande sacada de Jorge Amado nesse livro está no contraste social entre as classes sociais.
No livro, acompanhamos a aventura dos amigos de Quincas berro d'água que "sequestram" o defunto para uma noite divertida.
A família do morto, que já havia marginalizado a figura do homem, pois Joaquim estava cansado de seguir uma vida enfadonha cheia de moldes sociais, convive com o luto da figura. Mesmo que, no fundo, estão aliviados com a morte, encontramos uma grande preocupação da família, sobretudo de Vanda e Leonardo, para realizar um velório digno de uma família de alta classe.
Para a Família, Quincas já estava morto, como disse, o abandono da figura do pai por Vanda se deu quando o mesmo abandonou os bons costumes idealizados pela alta sociedade e caiu na gandaia, vivendo de bebedeira, amores imorais e marginalidade.
Nesse contraponto de tensões de classes, Jorge Amado cria a aventura do furto do defunto que vai "viver" sua última noite na vida que ele tanto gostava.
Recomendo demais esse pequeno livro que, muito bem escrito, é acompanhado de boas doses de humor, diversão e confusão!
E aí, quem leu essa novela?