domingo, 31 de março de 2019

Resenha: O Amor do Soldado - Jorge Amado #lendojorgeamadoliterall

   Boa tarde, leitores! Como estão? Hoje trago mais uma resenha do nosso querido projeto! 
   Desta vez, fugimos do romance e provamos um pouco da exímia qualidade de Jorge Amado na dramaturgia, com sua única peça teatral escrita "O amor do soldado". 

   Publicado em 1944, o livro conta com personagens já utilizados pela literatura do escritor baiano anteriormente. Como um dos protagonistas, temos o poeta militante Castro Alves. 
   Com uma premissa simples e sem muitas dinâmicas que envolvem na construção do enredo, acompanhamos o grande impasse de Castro Alves e seu grande amor Eugênia Câmara. A grande questão da obra está inserida na problemática do amor e suas barreiras.
   Castro Alves divide seus amores entre sua companheira Eugênia, e sua militância política, sendo um revolucionário a favor da abolição da escravatura e a implantação e transformação de um Brasil República.
Eugênia, atriz e uma mulher dedicada, se vê numa situação na qual ela não tem toda a atenção que desejaria de seu companheiro. Como ela poderia implorar por exclusividade de um homem na qual sua maior ambição é a liberdade?
   Com doses dramáticas, Eugênia se vê num grande impasse: Seguir seu sonho e sua carreira de atriz com sua companhia de teatro, ou aceitar não ser primeira opção de seu grande amor. 
   Em síntese, encontramos essa dinâmica nesta bela obra de Jorge Amado. Confesso que esse livro poderia se encaixar perfeitamente, caso não fosse uma peça teatral, num romance romântico do século XIX brasileiro. Eu amei demais esse livro, recomendo para todos!
   Além de ser uma leitura leve e apaixonante, podemos refletir o contexto histórico brasileiro vivido por Castro Alves e todas as suas implicações naquela sociedade, deixadas de heranças para nós. 
   Vocês já leram esse livro? O que acharam? 
   

domingo, 10 de março de 2019

Resenha Seara vermelha -- Jorge Amado #lendojorgeamadoliterall

   Boa noite, leitores! Como estão? 
   Hoje falaremos um pouco sobre esse livro incrível que é Seara Vermelha. 
   A princípio, eu enxergo a obra como um mix de influências de outros escritores brasileiros, como Euclides da Cunha, Graciliano Ramos e Ranchel de  Queirós. 

   Na obra, acompanhamos a lutra de retirantes nordestinos em busca de uma melhor condição de vida, partindo do Sertão nordestino para  São Paulo. 
   Todo o trajeto desses  retirantes é narrado de forma tocante, cheia de tensões e muito sofrimento. 
   Mais uma vez somos apresentados a uma terra sangrenta, um fanatismo religioso (bem explorado nesse livro), e o embate ideológico exposto na obra, sobretudo quando Jorge articula seus ideais em argumentos contra os latifundiários. 

   A morte, que acompanha toda a viagem desses nordestinos, é uma das personagens principais, levando consigo até os os animais de estimação, sendo a cena da gata Marisca, a mais tocante para mim. 
   Na obra, temos diferentes desfechos para os personagens, alguns encontram a militância, outros a religião, alguns trabalho e os demais a morte.
   Como de costume, haja vista as resenhas anteriores, não tenho dado detalhes de cada obra, sendo esses detalhes explorados nas discussões no grupo do projeto. Logo, venham participar conosco! 
  Recomendo demais esse livro, mesmo ele sendo bem pesado, proporcionando agonia e desespero, é uma obra memorável do querido baiano. 
   O que vocês acharam desse livro?