Boa tarde, leitores! Como estão? Hoje trago mais uma resenha do nosso querido projeto!
Desta vez, fugimos do romance e provamos um pouco da exímia qualidade de Jorge Amado na dramaturgia, com sua única peça teatral escrita "O amor do soldado".
Publicado em 1944, o livro conta com personagens já utilizados pela literatura do escritor baiano anteriormente. Como um dos protagonistas, temos o poeta militante Castro Alves.
Com uma premissa simples e sem muitas dinâmicas que envolvem na construção do enredo, acompanhamos o grande impasse de Castro Alves e seu grande amor Eugênia Câmara. A grande questão da obra está inserida na problemática do amor e suas barreiras.
Castro Alves divide seus amores entre sua companheira Eugênia, e sua militância política, sendo um revolucionário a favor da abolição da escravatura e a implantação e transformação de um Brasil República.
Eugênia, atriz e uma mulher dedicada, se vê numa situação na qual ela não tem toda a atenção que desejaria de seu companheiro. Como ela poderia implorar por exclusividade de um homem na qual sua maior ambição é a liberdade?
Com doses dramáticas, Eugênia se vê num grande impasse: Seguir seu sonho e sua carreira de atriz com sua companhia de teatro, ou aceitar não ser primeira opção de seu grande amor.
Em síntese, encontramos essa dinâmica nesta bela obra de Jorge Amado. Confesso que esse livro poderia se encaixar perfeitamente, caso não fosse uma peça teatral, num romance romântico do século XIX brasileiro. Eu amei demais esse livro, recomendo para todos!
Além de ser uma leitura leve e apaixonante, podemos refletir o contexto histórico brasileiro vivido por Castro Alves e todas as suas implicações naquela sociedade, deixadas de heranças para nós.
Vocês já leram esse livro? O que acharam?