terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Resenha "Diva" - José de Alencar

   Bom dia, leitores! Como estão? Hoje trago uma breve resenha, de um dos meus escritores favoritos, Diva de José de Alencar.

   Esse livro parece-me um primeiro teste de Alencar na construção de uma personagem forte como a Aurélia, de Senhora. Nesse livro, Emília, a Diva, é construída de maneira bem próxima com Aurélia, uma mulher forte e com personalidades marcantes e peculiares. 
   Temos então, a estória de amor entre Augusto, um médico recém formado, e Emília, sendo esse primeiro encontro um momento especial, na qual Augusto tem sua principal missão curar a jovem enferma Emília. Na ocasião, a personagem principal era feia e nada chamativa. 
   Com muita hostilidade, desde o primeiro encontro, Emília tratava o jovem médico. Os dois vivem numa grande instabilidade, com trocas de humilhações (sobretudo por Emília), desprezo, amor e amizade. Mesmo assim, Augusto mantem a chama de sua paixão por Emília, se declarando e recebendo um grande gelo.
   Típico de um romance romântico, vamos acompanhar esse jogo do amor entre os dois, sendo o principal obstáculo, a barreira e conflito, a aceitação desse sentimento.
   Mesmo Emília pisando em Augusto o livro todo, impondo-se como uma mulher livre e, de certo modo, independente, nas últimas linhas do livro temos ela renegando o amor, colocando-se a disposição de Augusto, perdendo, então, seu espaço para o machismo. 

                               *ALERTA SPOILER*
"– Mas reflita, Emília. A que nos levará esse amor?
– Não sei!... respondeu-me com indefinível candura. – O que sei é que te amo!... Tu não és só o árbitro supremo de minha alma, és o motor de minha vida, meu pensamento e minha vontade. És tu que deves pensar e querer por mim... Eu?... Eu te pertenço; sou uma coisa tua. Podes conservá-la ou destruí-la; podes fazer dela tua mulher ou tua escrava!... É o teu direito e o meu destino. Só o que tu não podes em mim, é fazer que eu não te ame!..." - (ALENCAR, 1864, p.144)

   O livro, que trabalha como uma narração de história entre amigos (Paulo e Augusto), termina com Augusto escrevendo ao amigo o desfecho dessa história de amor. 
"Enfim, Paulo, eu ainda a amava!...
Ela é minha mulher." (ALENCAR, 1864, p.144)


                                                      ***

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Quem já leu esse livro? O que acharam? 

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Resenha: Bahia de todos os Santos #lendojorgeamadoliterall

   Boa tarde, pessoal! Como estão? 
 Hoje trago uma resenha nada animadora, são minhas impressões sobre o livro do mês do nosso projeto #lendojorgeamadoliterall, Bahia de todos os Santos.
  Sinto muito, mas esse livro não me cativou nem em uma linha. Fico ainda mais decepcionado pois era um dos livros que eu tinha mais expectativa de ler. 

  Este livro, não vai além de ser o que o próprio Jorge Amado propôs a ele, de ser um guia (de certa forma turístico).
Fiquei com muita preguiça de continuar a leitura, confesso que foi uma luta! 
 Nesse livro fazemos uma viagem sobre a Bahia de Todos-os-santos não deixando nenhum mínimo detalhe despercebido, seja dos espaços físicos, até as personalidades dos baianos e seus respectivos cotidianos. 
 Desvendamos curiosidades sobre a cultura local, a culinária, a arte e, sobretudo, a religiosidade bem presente na obra. 
Sinceramente, não tenho muito mais o que dizer sobre a obra. Eu gosto bastante de livros diferentes, como esse, mas dessa vez não foi o caso. Hoje, com vinte anos, eu não recomendo, apenas desejo sorte ao futuros leitores, mas quem sabe algum dia.
 Uma ressalva interessante do livro foi os apanhados e recapitulações históricas que foram preocupações de Jorge para a construção de sua narrativa. 
  Por fim, acredito que mais valeria uma viagem para a Bahia! Nada como uma experiência empírica, não é mesmo?!
   O próximo livro será Seara Vermelha, venham ler conosco!