sábado, 25 de janeiro de 2020

Resenha: O Rapto dos Dias (Kenny Teschiedel )

   Boa tarde, queridos leitores! Como estão? 
   Hoje vamos conversar um pouquinho sobre esse livro sensacional de Kenny Teschiedel, O Rapto dos Dias. 
   Lançado em 2019, pelo Grupo Editorial Hope, o livro do gaúcho Kenny tem emocionado os leitores e proporcionado altas doses de drama e reviravoltas.


   É sobre olhar a situação do outro, entender, compreender e tentar, mesmo que esteja distante, se colocar no mesmo lugar. 
  O Rapto dos Dias, romance de Kenny, tem várias dessas nuances. A cada capítulo, somos testados a desconstruir nossos conceitos sobre o que de fato acontecia com Rosana, Francisco e Catarina -não esquecendo das tramas secundarias-. 
   Com uma escrita criativa, estudada, polifônica, detalhista e cinematográfica, Kenny cria uma atmosfera densa e pesada para sua obra. É impossível o leitor não mergulhar no livro e não cair nos dilemas vividos por essa família problemática. 
   Narrado por diversas personagens, o livro conta a história dos irmãos, Francisco e Catarina e sua mãe Rosana, que se vê presa, obrigando seus filhos a irem parar num orfanato. 
 O entendimento de uma sociedade machista, racista, desigual e preconceituosa assola toda a obra, uma vez que essas personagens sofrem com essas mazelas de nossa sociedade contraditória que inspira o ódio. 
  O livro é incrivelmente necessário. Com essa experiência, o leitor é capaz de sentir, mesmo que de fora, um pouco da grande realidade brasileira marginalizada e que sofre todos os dias. 

  Em vários momentos da leitura tive vontade de poder fazer alguma coisa, de gritar, de ajudar, de me mover. É sufocante. Recomendo demais a leitura! 
5/5

Compre o livro, tenho certeza que a experiência será única!
Onde comprar: 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Resenha: Dona Flor e seus dois maridos #lendojorgeamadoliterall

Boa noite, queridos leitores! Como estão? Hoje vamos conversar um pouquinho sobre esse maravilhoso livro de Jorge Amado, Dona Flor e seus dois maridos. 

Lançado em 1966, essa grande obra, tanto literária, quanto em número de páginas, narra a vida de Florípedes e, obviamente seus dois maridos, Vadinho e Teodoro.
O livro começa com a morte de Vadinho, o primeiro esposo de Flor e, se posso dizer, sua grande e verdadeira paixão. Numa festa de Carnaval, o terrível Vadinho cai morto na rua, e deixa toda a sociedade de Salvador sensibilizada, uma vez que esse personagem era amado por todos. O primeiro esposo de Flor não a merecia, enquanto ela era uma mulher dedicada, linda, comprometida e apaixonante, ele era um bêbado viciado em jogo e a traía com a cidade toda. 
Apesar dos pesares, Flor o amava incondicionalmente, mesmo sofrendo de ciúmes e de todas as tramoias que Vadinho aprontava, ela era apaixonada e isso fez com que nós, leitores, também gostássemos dele. 
Após a morte de Vadinho, e o profundo luto de Dona Flor, temos então o novo relacionamento da cozinheira, o farmacêutico Teodoro. 
Teodoro era um homem mais velho e regido de bons costumes e uma intelectualidade invejável. O casamento dos dois era do sonhos, Flor era tratada como toda mulher gostaria de ser tratada, com carinho, respeito e liberdade. Entretanto, apesar de toda a felicidade, Dona Flor não se sentia completa, até, certo dia, desejar seu ex marido morto. 
Acontece que o espírito de Vadinho retorna e a atazana em todos os momentos. Tão logo, Dona Flor se vê entre os dois maridos. 
É um livro delicioso, divertido e conta com muitos elementos que prendem a atenção do leitor, seja com a narrativa cinematográfica, quanto com as reviravoltas e toda a construção da obra, referenciando a cultua e religiosidade afro, e a identidade de um Brasil multifacetado. 
O que acharam desse livro? Eu amei demais!